máx 25º
min25º
Agora
25º

Património
Início
Voltar
Portas de Benfica

Descrição:

Antiga barreira fiscal é composta por dois corpos de planta retangular simples, simétricos e separados entre si. Cada um dos edifícios possui, em cada ângulo, uma torre de planta circular. A cobertura do conjunto é em telhados de quatro águas nos corpos principais e em terraço nas torres dos ângulos.

Os edifícios apresentam características da arquitetura militar, atestadas através do recurso a corpos torreados nos ângulos, a remates em ameias e a frestas de tiro, nas fachadas posteriores e nos ângulos, ainda que meramente decorativas.

Cada um dos corpos é simétrico, tendo no eixo central um portal saliente, rematado em pinhão e flanqueado por cunhais de cantaria calcária com nichos na parte superior. A porta central rasga-se em arco de volta perfeita, enquanto os restantes vãos têm perfis retilíneos. As portas são intercaladas por janelas de peitoril. As fachadas laterais são semelhantes rasgadas por portal de verga reta. Os corpos torreados possuem portas em arco de volta perfeita, com pedra de fecho saliente e assente em impostas, com moldura de cantaria recortada. Todas as fachadas possuem um tratamento uniforme e semelhante, dando ao conjunto uma hegemonia muito forte.

O interior é composto por três corpos intercomunicantes, cada uma com acesso exterior por uma das portas que se rasga nos corpos.

Cronologia:

1852 – Criação da Alfândega Citadina, para fiscalizar os acessos à cidade, cobrando o Imposto das Barreiras, sobre pessoas, veículos e bens.

1885, 17 setembro – Criação da Guarda Fiscal, pelo decreto n.º 4, referendado por Fontes Pereira de Melo, Hintze Ribeiro e Manuel Pinheiro Chagas, passando a estrar dependente do Ministério dos Negócios da Fazenda.

1886 – Fontes Pereira de Melo anuncia a remodelação das contribuições, das pautas aduaneiras e a criação de um imposto real de água. O crescimento da cidade levou à necessidade de alargar o perímetro da estrada de circunvalação e ao afastamento das barreiras aduaneiras, com a edificação das portas de Benfica, posto fiscal e delegação das Alfândegas de Lisboa, no limite do concelho de Lisboa.

1892 – Desativação dos serviços de Alfândega.

1910 – Abolição do Imposto das Barreiras.

1922 – Abolição, pela Lei n.º 1.368, dos limites fiscais do concelho de Lisboa, esvaziando os edifícios da sua função.

1976, 3 novembro – A Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais sugere que o edifício seja classificado como sendo de Valor Concelhio.

16 novembro – a Junta Nacional de Educação propõe à Direcção-Geral do Património Cultural a execução da proposta de processo de classificação. E esta entidade pede ajuda à Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, que concorda com a futura classificação do imóvel.

Séc. XXI (início) – Demolição das casas clandestinas do Bairro das Fontainhas, na zona envolvente do corpo S.

2008, 14 maio – proposta de encerramento do processo de classificação do edifício pela DRCLVTejo, por não ter valor nacional.

26 Maio – Despacho de encerramento do processo de classificação do diretor do IGESPAR.

Factos históricos e curiosidades:

Equipamento utilitário de inspiração revivalista. Barreira fiscal que se integrava no conjunto de uma série de estruturas semelhantes, que fechavam o acesso à cidade de Lisboa.

As Portas de Benfica são o último testemunho dos 26 postos fronteiriços que assinalavam os limites fiscais de Lisboa.


Morada:Rotunda das Portas de Benfica